Fernando Pessoa nascido
em Portugal foi morar, ainda na infância, na cidade de Durban
(África do sul), onde seu pai tornou-se cônsul. Neste país teve contato com a
língua e literatura inglesa.
Adulto, Fernando Pessoa
trabalhou como tradutor técnico, publicando seus primeiros poemas em
inglês.
Em 1905, retornou sozinho
para Lisboa e, no ano seguinte, matriculou-se no Curso Superior
de Letras. Porém, abandou o curso um ano depois.
Pessoa passou a ter
contato mais efetivo com a literatura portuguesa, principalmente Padre Antônio
Vieira e Cesário Verde.
Foi também influenciado
pelos estudos filosóficos de Nietzsche e Schopenhauer. Recebeu também
influências do simbolismo francês.
Em 1912, começou suas
atividades como ensaísta e crítico literário, na revista Águia.
A saúde do poeta
português começou a apresentar complicações em 1935. Neste ano foi
hospitalizado com cólica hepática, provavelmente causada pelo consumo excessivo
de bebida alcoólica. Sua morte prematura, aos 47 anos, provavelmente aconteceu
em função destes problemas, pois apresentou cirrose hepática.
A grande criação estética
de Fernando Pessoa foi à invenção heteronímica que atravessa toda a sua obra.
O heterônimo diferente
dos pseudônimos são personalidades poéticas completas: Identidades que em
principio são falsas, tornando-se verdadeiras através da sua manifestação
artística, própria do autor original.
Entre Heterônimos e
pseudônimos Fernando possuía 72 nomes, sendo os principais Álvaro de Campos,
Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Bernardo Soares.
Bernardo Soares é
considerado um semi-heteronimo por ter muitas semelhanças com o próprio
Fernando Pessoa e não possuir uma personalidade muito característica ao
contrário dos outros três, que possuem inclusive data de nascimento e morte com
exceção de Ricardo Reis.
Toda a poesia de Pessoa é
chamada de poesia do afastamento, por um lado afasta o sujeito do mundo
exterior e por outro o mantêm essencialmente isolado, a escrita é voltada para
reflexão, para o raciocínio, serve, sobretudo para tratar a relação do autor
com o mundo ao seu redor, dentro do isolamento o sujeito sente uma imensa
Deslocalização em face da realidade que observa, com um Deus ausente que olha
para baixo, e o maior exemplo disso acontece em O livro do Desassossego.
Fernando Pessoa
disparou-se para fugir da dor em si próprio, mas foi essa dispersão o caminho mais útil para
reencaminhar esse “destino negro”, que permitiu construir por cima dessas
fundações proibidas um total e revolucionário método de escrever.
E
através desse jeito único de multiplicar o seu “eu” em mil-eus que Fernando
Pessoa nos presente-a com sua obra.
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