sexta-feira, 17 de junho de 2016

Uma breve biografia


Fernando Pessoa nascido em Portugal foi morar, ainda na infância, na     cidade de Durban (África do sul), onde seu pai tornou-se cônsul. Neste país teve contato com a língua e literatura inglesa. 
Adulto, Fernando Pessoa trabalhou como tradutor técnico, publicando seus primeiros poemas em inglês. 
Em 1905, retornou sozinho para Lisboa e, no ano seguinte, matriculou-se no Curso Superior de Letras. Porém, abandou o curso um ano depois. 
Pessoa passou a ter contato mais efetivo com a literatura portuguesa, principalmente Padre Antônio Vieira e Cesário Verde. 
Foi também influenciado pelos estudos filosóficos de Nietzsche e Schopenhauer. Recebeu também influências do simbolismo francês.
Em 1912, começou suas atividades como ensaísta e crítico literário, na revista Águia. 
A saúde do poeta português começou a apresentar complicações em 1935. Neste ano foi hospitalizado com cólica hepática, provavelmente causada pelo consumo excessivo de bebida alcoólica. Sua morte prematura, aos 47 anos, provavelmente aconteceu em função destes problemas, pois apresentou cirrose hepática.
A grande criação estética de Fernando Pessoa foi à invenção heteronímica que atravessa toda a sua obra.
O heterônimo diferente dos pseudônimos são personalidades poéticas completas: Identidades que em principio são falsas, tornando-se verdadeiras através da sua manifestação artística, própria do autor original.
Entre Heterônimos e pseudônimos Fernando possuía 72 nomes, sendo os principais Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Bernardo Soares.
Bernardo Soares é considerado um semi-heteronimo por ter muitas semelhanças com o próprio Fernando Pessoa e não possuir uma personalidade muito característica ao contrário dos outros três, que possuem inclusive data de nascimento e morte com exceção de Ricardo Reis.
Toda a poesia de Pessoa é chamada de poesia do afastamento, por um lado afasta o sujeito do mundo exterior e por outro o mantêm essencialmente isolado, a escrita é voltada para reflexão, para o raciocínio, serve, sobretudo para tratar a relação do autor com o mundo ao seu redor, dentro do isolamento o sujeito sente uma imensa Deslocalização em face da realidade que observa, com um Deus ausente que olha para baixo, e o maior exemplo disso acontece em O livro do Desassossego.
Fernando Pessoa disparou-se para fugir da dor em si próprio, mas foi essa dispersão o caminho mais útil para reencaminhar esse “destino negro”, que permitiu construir por cima dessas fundações proibidas um total e revolucionário método de escrever.
E através desse jeito único de multiplicar o seu “eu” em mil-eus que Fernando Pessoa nos presente-a com sua obra.

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